quinta-feira, 8 de setembro de 2011

OS QUATRO ALUNOS



UMA FÁBULA SOBRE AS DIFERENTES MANEIRAS DE SER ESTUDANTE
Esta é uma história que se passa em qualquer canto do Brasil, em qualquer escola, com qualquer aluno, comigo, com você.
Eram quatro rapazes que estudavam numa escola em uma mesma classe: ARREPENDIDO, FALSO, MÍNIMO e QUERO-TENTAR.
ARREPENDIDO era um rapaz desanimado com os estudos, não fazia nada na sala de aula e muito menos os deveres de casa. Não pensava no seu futuro e vivia achando que estava perdendo tempo naquela escola e por isso arrependia-se por não poder ficar pelas ruas com os seus colegas. Por não gostar de estudar, tirava notas baixas.
FALSO era um cara mentiroso e um pouco preguiçoso para com os estudos. Ou copiava de alguém ou falsificava o que fazia, na realidade mesmo, nada fazia e era tão falso quanto sua própria nota – apesar de ser razoável, pois tudo que precisava era colar ou confiar no amigo na hora da avaliação, raramente isso falhava.
MÍNIMO era um rapaz que não pensava em ir muito longe, para este o que importava era conseguir uma nota que o aprovasse, portanto estudava pouco, mas não “colava” nas avaliações e não passava disso. 60% era o bastante e contentava-se com este mínimo. Sempre tinha um pensamento “tenho boas notas porque não perdi nenhuma.”
QUERO-TENTAR gostava do que fazia. Quando lhe apresentavam algo novo, um problema que ele não soubesse, ele dizia “vou tentar resolvê-lo” e quase sempre conseguia mesmo. Suas notas eram boas, porém, não estudava para tirar notas e sim para ficar sabendo. Este era aluno todos os dias e sua persistência o ajudava a vencer.
Assim QUERO-TENTAR era o primeiro da classe. Em termos de aprendizagem. MÍNIMO era o penúltimo. FALSO era o último, pois só tinha nota e não sabia nada e ARREPENDIDO abandonou a escola.
Hoje, todos já são homens feitos e cada um teve seu destino;
ARREPENDIDO mora numa grande favela chamada TARDE-DEMAIS.
FALSO queria ser político, mas foi infeliz porque descobriram sua falsidade.  Foi julgado  e condenado por um juiz chamado VERDADE.
MÍNIMO, com seu conhecimento mínimo, é soldado mínimo das Forças Armadas, ganha um salário mínimo e tem um comandante muito exigente chamado MÁXIMO que sempre lhe cobra 100%.
QUERO-TENTAR se saiu melhor e hoje é presidente de um país chamado “República Democrática dos Sucessos”.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

DEUS É O CARA - As Meditações Metafísicas












1.° - Todos sabem que Descartes inicia seu itinerário espiritual com a dúvida. Mas é necessário compreender que essa dúvida tem um outro alcance que a dúvida metódica do cientista. Descartes duvida voluntária e sistematicamente de tudo, desde que possa encontrar um argumento, por mais frágil que seja. Por conseguinte, os instrumentos da dúvida nada mais são do que os auxiliares psicológicos, de uma ascese, os instrumentos de um verdadeiro "exército espiritual". Duvidemos dos sentidos, uma vez que eles freqüentemente nos enganam, pois, diz Descartes, nunca tenho certeza de estar sonhando ou de estar desperto! (Quantas vezes acreditei-me vestido com o "robe de chambre", ocupado em escrever algo junto à lareira; na verdade, "estava despido em meu leito").

Duvidemos também das próprias evidências científicas e das verdades matemáticas!
Mas quê? Não é verdade - quer eu sonhe ou esteja desperto - que 2 + 2 = 4? Mas se um gênio maligno me enganasse, se Deus fosse mau e me iludisse quanto às minhas evidências matemáticas e físicas? Tanto quanto duvido do Ser, sempre posso duvidar do objeto (permitam-me retomar os termos do mais lúcido intérprete de Descartes, Ferdinand Alquié).

2. ° - Existe, porém, uma coisa de que não posso duvidar, mesmo que o demônio queira sempre me enganar. Mesmo que tudo o que penso seja falso, resta a certeza de que eu penso. Nenhum objeto de pensamento resiste à dúvida, mas o próprio ato de duvidar é indubitável. "Penso, cogito, logo existo, ergo sum". Não é um raciocínio (apesar do logo, do ergo), mas uma intuição, e mais sólida que a do matemático, pois é uma intuição metafísica, metamatemática. Ela trata não de um objeto, mas de um ser. Eu penso, Ego cogito (e o ego, sem aborrecer Brunschvicg, é muito mais que um simples acidente gramatical do verbo cogitare).

O cogito de Descartes, portanto, não é, como já se disse, o ato de nascimento do que, em filosofia, chamamos de idealismo (o sujeito pensante e suas idéias como o fundamento de todo conhecimento), mas a descoberta do domínio ontológico (estes objetos que são as evidências matemáticas remetem a este ser que é meu pensamento).

3. ° - Nesse nível, entretanto, nesse momento de seu itinerário espiritual, Descartes é solipsista.
Ele só tem certeza de seu ser, isto é, de seu ser pensante (pois, sempre duvido desse objeto que é meu corpo; a alma, diz Descartes nesse sentido, "é mais fácil de ser conhecida que o corpo").

É pelo aprofundamento de sua solidão que Descartes escapará dessa solidão.
Dentre as idéias do meu cogito existe uma inteiramente extraordinária.
É a idéia de perfeição, de infinito. Não posso tê-la tirado de mim mesmo, visto que sou finito e imperfeito. Eu, tão imperfeito, que tenho a idéia de Perfeição, só posso tê-la recebido de um Ser perfeito que me ultrapassa e que é o autor do meu ser. Por conseguinte, eis demonstrada a existência de Deus. E nota-se que se trata de um Deus perfeito, que, por conseguinte, é todo bondade.
Eis o fantasma do gênio maligno exorcizado. Se Deus é perfeito, ele não pode ter querido enganar-me e todas as minhas idéias claras e distintas são garantidas pela veracidade divina.
Uma vez que Deus existe, eu então posso crer na existência do mundo. O caminho é exatamente o inverso do seguido por São Tomás. Compreenda-se que, para tanto, não tenho o direito de guiar-me pelos sentidos (cujas mensagens permanecem confusas e que só têm um valor de sinal para os instintos do ser vivo). Só posso crer no que me é claro e distinto (por exemplo: na matéria, o que existe verdadeiramente é o que é claramente pensável, isto é, a extensão e o movimento). Alguns acham que Descartes fazia um circulo vicioso: a evidência me conduz a Deus e Deus me garante a evidência! Mas não se trata da mesma evidência. A evidência ontológica que, pelo cogito, me conduz a Deus fundamenta a evidência dos objetos matemáticos. Por conseguinte, a metafísica tem, para Descartes, uma evidência mais profunda que a ciência. É ela que fundamenta a ciência (um ateu, dirá Descartes, não pode ser geômetra!).

4. ° - A Quinta meditação apresenta uma outra maneira de provar a existência de Deus.
Não mais se trata de partir de mim, que tenho a idéia de Deus, mas antes da idéia de Deus que há em mim. Apreender a idéia de perfeição e afirmar a existência do ser perfeito é a mesma coisa. Pois uma perfeição não-existente não seria uma perfeição. É o argumento ontológico, o argumento de Santo Anselmo que Descartes (que não leu Santo Anselmo) reencontra: trata-se, ainda aqui, mais de uma intuição, de uma experiência espiritual (a de um infinito que me ultrapassa) do que de um raciocínio.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Esclarecimento e reflexão!


A greve dos professores do estado do Ceará em 2011 teve ao meu ponto de vista um grande diferencial em relação as greves anteriores. Nossa luta não é por um aumento ou por um plano de carreira, nossa luta inicialmente, antes mesmo de decretarmos greve geral, era e é, pela implementação do piso, que é uma lei federal, com 1/3 de planejamento e o mais impotartante a valorização do professor.
Como o Sindicato Apeoc não conseguiu nenhuma negociação positiva com o governo, onde o mesmo veio com uma proposta vergonhosa para nossa categoria, só proporcionava aumento aos professores que foram aprovados no concurso de 2009 e aos temporários, deixando quase 80% dos docentes sem o seu direito de reajuste salarial, mas o pior não foi isso o governador lançou um plano para acabar com a carreira dos professores.
Diante dessa situação nós decidimos declarar greve, mas infelizmente não só no nosso estado, mas em todo país parece que os trabalhadores não têm mais o direito de greve, pois virou moda decretar greves ilegais, por onde até que sei o Sindicato Apeoc tomou muito cuidado para a nossa greve estar dentro da lei, assunto em outra  postagem.
Agora temos que mostrar esses pontos para a sociedade, deixar bem claro para nossos alunos sobre nossa reivindicação. E também nos conscientizamos que a mídia não é 100% verdadeira, ela é facilmente comprada pelo governo, principalmente a TV Verdes Mares, temos que buscar várias fontes de informação. Sempre estou fazendo essas comparações, como por exemplo, em um canal a reportagem colocava toda a culpa dos alunos estarem sem aula nos professores, já em outra emissora mostrava as reais causas da nossa greve.
Muitos podem até falar, como já ouvi de um aluno em sala de aula “Os professores querem ganha quanto? Não já tá bom?"
É esse tipo de pensamento que o governo quer na população, um povo acomodado, que se satisfaz com o mínimo, que nem nos torna verdadeiramente cidadãos, pois com esse salário mínimo não podemos gozar de nossos direitos sociais que a constituição prega do Art. 6º.
Temos que mudar nossa posição como pessoa, passando a questionar mais, como por exemplo, por que é tão difícil ser aprovado um aumento de pelo menos R$ 100,00, em quanto rapidamente o salário de políticos é aumentado sem questionamentos no Congresso e Assembleia Legislativa?
Se o Brasil progrediu um pouco, poderia ter progredido muito mais, se nossos representantes não estivessem insatisfeitos com seus salários, como por exemplo, um Deputado Federal que recebe R$ 26.700,00, não seria necessário entrar na corrupção, que custa 6 bilhões por ano, que deixaram de ser aplicados no interesse do  Brasil .
Deixo este vídeo para sua maior reflexão!



sábado, 3 de setembro de 2011

Ser Estudante











Se quiseres ser um verdadeiro estudante Não aprenda só o superficial, Pois o difícil pode se tornar barreira vencida. Para aquele cujo momento chegou agora, nunca é tarde demais! Aprender o ABC não basta, mas aprenda-o. Procura na escola o que deseja para tua vida, Pois ela te recolherá, orientará, dirigirá. Confia nos teus mestres: eles não te decepcionarão. Se não tens teto, cobre-te de saber, De vontade, de garra. Se tens frio, se tens fome, Agarra-te ao livro: ele é uma boa arma para lutar. Se te faltar coragem, Não tenha vergonha de pedir ajuda. Certamente haverá alguém para te estender a mão. Sê leal, fraterno, amigo, forte! Nunca te deixes ser fraco, desleal, covarde. Pois tu, jovem estudante, tens que assumir o comando do teu país. Respeita para ser respeito. Valoriza para ser valorizado. Espalha amor para seres amado. Não tenhas medo de fazer perguntas: toda a resposta terá sentido. Não te deixes influenciar por pensamentos alheios ou palavras bonitas. Tenha a tua própria linguagem (aperfeiçoa-te). Quando te deparares com a injustiça, a impunidade, a corrupção, a falta de limites, o abuso de poder, Pensa na existência de tudo o que te cerca. Busca o teu ideal e lembra: um valor não se impõe, se constrói. Não faça do teu colega, uma escada para subir. Isto é imoral e a imoralidade não faz parte da tua lição.
Autor: ( Marina da Silva )